24 fevereiro 2012

"hoje é o dia da revolução!"

quando dei por mim, já estava agindo exatamente como os hipócritas que eu odeio; aqueles filhos da puta, cospidores de verdades, os lunáticos fanáticos. eu tinha me tornado um deles. minhas ideias, que não eram minhas ideias, tornaram-se maiores que minha própria existência. 100% convicto. sempre certo...
droga! machuca encontrar em si mesmo aquilo a que despreza... você se torna o escopo de sua própria raiva, e se vê como aquilo a ser destruído.
é, eu precisava ser destruído. precisava morrer. pra então poder renascer, transmutado num novo ser, e recomeçar. difícil. mas nada nessa porra dessa vida é fácil.
e a jornada começa aqui. no nada. do nada.
ideias, conceitos, pessoas, sentimentos, desejos, posses, manias, certezas, opiniões, lugares, momentos, sabores, tudo... tudo vai ser jogado nesse nada, tudo no mesmo vazio, e será aceito como igual; tudo vai ser condensado, e transformado em outra forma de vida, da qual eu espero extrair minha verdade, livre de preconceitos e do absoluto...
que todas as minhas almas revelem-se juntas, livres do tempo e de condições, unindo o celeste e o infernal numa só legião!
e que, através do solve et coagula, essa legião traga à vida a vida!

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